Os resultados finais do ciclo de verificação de transações (TV) que decorreu entre janeiro e dezembro de 2022, não mostram casos de falsas alegações nas organizações que comercializam Afrormosia certificada pelo FSC, também conhecida como Teca Africana, As discrepâncias de volume encontradas durante a análise inicial dos dados da transação (a primeira fase do ciclo) foram investigadas e subsequentemente resolvidas.
O FSC e o seu parceiro de garantia, a Assurance Services International (ASI), lançaram o ciclo de TV da Afrormosia em 2023. Através deste ciclo, a ASI analisou os dados comerciais apresentados por 172 titulares de certificado que pertencem à cadeia de abastecimento global de Afrormosia (Pericopsis elata) certificada pelo FSC.

Tal como referido em maio de 2024, a primeira fase do ciclo de TV tinha revelado várias incompatibilidades de alto risco. A ASI identificou oito grupos de cadeias de abastecimento para uma investigação mais aprofundada na segunda fase do ciclo de investigação das transações. A ASI também incluiu nesta segunda fase, 12 titulares de certificado que não estavam inicialmente abrangidos. As conclusões da segunda fase do ciclo de TV mostram que a maior parte das discrepâncias de volume identificadas na fase anterior, foram causadas por erros nos dados apresentados pelos titulares de certificado e pelas suas Entidades Certificadoras.
Durante a primeira fase do ciclo de TV, a ASI identificou alguns titulares de certificado que declararam não ter efetuado qualquer compra de material certificado, embora vendessem produtos com alegações FSC. Durante a fase de investigação das transações, a ASI verificou que estes titulares de certificado utilizaram existências adquiridas entre 2008 e 2021 para cobrir as vendas, estabelecendo assim que não foram apresentadas falsas alegações por estes titulares de certificado.
No âmbito da fase de investigação da transação, a ASI analisou igualmente os documentos de importação e os certificados da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES) mantidos pelos titulares de certificado relevantes. Uma vez que não foram detetadas falsas alegações ou atividades fraudulentas na segunda fase do ciclo de TV, a ASI e o FSC concluíram que a terceira fase do mesmo não é necessária.
Background
A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES) lista a Afrormosia como uma espécie de árvore africana ameaçada de extinção, e é propensa a ser explorada ilegalmente. O FSC e a ASI receberam preocupações de várias partes interessadas sobre possíveis riscos de integridade na cadeia de abastecimento da Afrormosia certificada pelo FSC. Em resposta, foi lançado o ciclo de TV da Afrormosia para analisar os modelos de comércio e o volume de madeira que é extraída em florestas certificadas pelo FSC e finalmente vendida como produtos acabados. Enquanto os Camarões e a República do Congo são os principais locais de abate destas árvores, a Europa e a América do Norte são os principais mercados consumidores de produtos de Afrormosia certificados pelo FSC, tais como pavimentos e artigos de mobiliário como armários.